Vinhos secos e suaves: quais as principais diferenças?

Por: Fabiana Gonçalves (@escrivinhos)

Desde criança somos acostumados aos alimentos doces. O leite materno tem sabor adocicado, os sucos normalmente são adoçados e ainda somos introduzidos ao mundo dos refrigerantes, que possuem um teor muito elevado de açúcar. Como o vinho é feito de uva, que é uma fruta, é normal que as pessoas esperem um algo pouco mais ameno no paladar quando provam a bebida pela primeira vez.

O vinho suave é aquele tipo de vinho docinho, com gosto de uva. Porém esse tipo de vinho não vai passar disso. Você nunca vai poder identificar no vinho suave aqueles aromas que algumas pessoas identificam, como de especiarias, frutas silvestres, floral, couro, baunilha, entre vários outros.

Isso porque o vinho suave é um vinho simples, feito com uvas não viníferas. Ou quando o vinho suave é feito com uvas viníferas, são usadas as uvas de “segunda mão”, pois os melhores frutos estão destinados à elaboração de vinhos superiores.

As uvas viníferas são frutos da espécie Vitis vinifera. São castas nobres, ideais para a produção de vinhos. Entre elas estão Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot, Sauvignon Blanc e uma infinidade de outras. Os vinhos feitos com essas uvas são chamados de vinhos finos, categoria onde estão enquadrados os vinhos secos.

Já a uvas de mesa (ou não viníferas), do tipo Isabel, Itália e Bordô, por exemplo, servem para ser consumidas in natura ou para a produção de suco. Mas muitos produtores destinam essas uvas para a elaboração de vinhos mais simples, que são os vinhos de mesa, onde estão enquadrados os vinhos suaves.

O PAPEL DO AÇÚCAR

Os vinhos suaves geralmente passam por um processo que os diferenciam dos vinhos secos: recebem a adição de açúcar. O bom vinho, ao contrário, é aquele que durante a sua produção, todo o açúcar natural das uvas foi transformado em álcool: é o que ocorre com os vinhos secos.

Não há adição de açúcar no vinho seco. Exceto em alguns casos, quando a legislação do país permite a correção do teor alcoólico do vinho. Essa técnica é chamada de chaptalização.

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