Rosé: conheça mais sobre esse estilo de vinho

Por: Fabiana Gonçalves | @escrivinhos

Existem muitos mitos e curiosidades em torno do vinho rosé. Porém a questão que mais confunde as pessoas é: como os vinhos rosés são feitos? Muita gente acha que o vinho rosé é uma mistura de uvas tintas e uvas brancas ou então uma mescla de vinho tinto com vinho branco. A resposta é não. Alguns produtores até fazem dessa maneira, mas os vinhos produzidos dessa forma são geralmente de qualidade inferior.

Quem dá a cor aos vinhos é a casca da uva tinta. Portanto, para se fazer um vinho tinto, o mosto (suco) extraído das uvas fica em contato por algum tempo com as cascas para dar cor à bebida. No caso dos vinhos rosés, o tempo contato é bem menor. Por isso o vinho fica mais clarinho.

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO – A principal técnica para se fazer vinhos rosé é justamente a de maceração curta, onde o período de contato das cascas com o mosto é bem curto, normalmente de 12 a 36 horas.

Ainda existem outras duas maneiras de se fazer vinhos rosés, mas esses são menos utilizados.

Um é o de prensagem direta, onde as uvas são prensadas ou esmagadas, se extraindo apenas um pouco da cor das suas peles.

O outro é o método de sangria, onde uma pequena parte do mosto que vai virar vinho tinto é extraída ou “sangrada” do tanque onde ainda iria fermentar e depois é transferida para outro tanque. Esses rosés ficam mais concentrados e mais alcoólicos.

ORIGEM – Apesar de ainda serem pouco consumidos no Brasil, os vinhos rosés são queridos dos consumidores estrangeiros há muito tempo – principalmente na França, onde esse estilo de vinho nasceu. Quando se fala em rosés a principal referência é a região francesa da Provence, onde são feitos rosés secos, elegantes e muito refrescantes. A sua principal característica é a cor bem clarinha, lembrando casca de cebola. Porém hoje podemos encontrar vinhos rosés produzidos praticamente em todas as regiões vinícolas do mundo.

ESTILOS – E quais os tipos de rosés podem ser feitos? Nas prateleiras é possível achar desde os rosés suaves e mais adocicados aos mais secos e elegantes, inclusive na versão espumante. Também podemos observar uma boa variação na faixa de preço: a começar pelos sofisticados franceses da Provence, que custam mais caro, até os vinhos rosés mais simples, que são mais em conta.

Se você gosta dos vinhos mais adocicados, aposte nos suaves e meio secos. É só olhar a indicação no rótulo ou contrarrótulo da garrafa. Agora se você prefere os vinhos menos doces, com maior complexidade de aromas e sabores, fique com os secos.

Uma dica na hora de comprar: os mais rosés clarinhos costumam ser mais delicados. Enquanto os mais escuros costumam ter mais álcool e são um pouco mais encorpados.

HARMONIZAÇÃO – Os vinhos rosés combinam muito bem com o clima tropical. Como eles são refrescantes e leves, podem ser tomados mais resfriados nos dias de calor. Inclusive os mais simples são ótimos para se fazer drinks, principalmente usando frutas vermelhas como morango.

E para harmonizar? Os vinhos rosés combinam muito bem com vários tipos de comida, principalmente com pescados, como salmão, com frutos do mar, bolinho de bacalhau, comida japonesa, além de tábuas de frios, saladas, cogumelos frescos e carnes brancas como peito de peru, por exemplo.

Aproveite as dicas e desfrute de um bom rosé!

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