Queijos e vinhos: conheça as melhores combinações

Por: Fabiana Gonçalves | @escrivinhos

Muita gente associa o vinho aos queijos. O que acontece é que maior parte das pessoas não sabe que existem combinações que podem dar ou não certo.

Assim como existe uma infinidade de queijos no mercado, a quantidade de vinhos à disposição do consumidor é incalculável.

Os queijos podem ir dos mais frescos aos mais maturados e podem ter a textura macia ou dura. Também podem ser feitos de leite de vaca, cabra, ovelha e de búfala. Dentre todas essas possibilidades, como harmonizar com o vinho ideal?

Vamos começar pelos tipos de queijos: dos mais frescos e macios aos maturados e duros.

QUEIJOS FRESCOS – Os mais frescos são os queijos como a Muçarela, a Burrata e a Ricota, que são mais perecíveis e bem mais leves. Esses tipos de queijos vão bem com vinhos brancos leves, como Sauvignon Blanc, Chardonnay sem passagem por barricas, Pinot Grigio, Alvarinho e Chenin Blanc, por exemplo.

Os queijos de cabra, que são bem ácidos, têm uma harmonização clássica com os vinhos brancos feitos com a uva Sauvignon Blanc. Já os queijos cremosos, como o Brie e o Camembert e até o típico português queijo da Serra da Estrela podem ir bem tanto com vinhos brancos como Sauvignon Blanc, Viognier ou Torrontés, como com tintos bem leves e frutados, como os feitos com a uva Gamay.

Em relação ao Brie e ao Camembert, olhe sempre a data de validade e prefira sempre os mais novos, que têm um sabor mais fresco.

QUEIJOS SEMIDUROS – Entrando na categoria dos semiduros estão o Gouda, o Emmental e Gruyère, por exemplo. Esses têm algum tempo de maturação e normalmente apresentam buracos ou furinhos em sua superfície. Eles combinam bem com vinhos brancos aromáticos e frutados como Torrontés, Chenin Blanc e Gewürztraminer, mas também podem harmonizar com tintos leves, como os das uvas Gamay, Pinot Noir ou um Merlot sem passagem por carvalho. Esses são aqueles queijos que já dão alguma dificuldade de cortar, mas o seu interior ainda tem uma certa cremosidade.

QUEIJOS DUROS – Entre os queijos duros estão o Parmesão, o Prima Donna e o Pecorino, por exemplo. Esses já são bem mais difíceis de cortar. Eles têm mais tempo de maturação e vão bem com vinhos tintos de vários estilos, como os feitos com a uva Sangiovese, vinhos franceses da região de Bordeaux, Tempranillos espanhóis e Cabernet Sauvignon de várias nacionalidades.

QUEIJOS AZUIS – Uma categoria à parte é a dos queijos azuis, que ganham características especiais graças à ação de fungos. Os mais conhecidos são o Gorgonzola e o Roquefort. Por serem extremamente salgados e por terem uma textura untuosa, vão bem com vinhos doces, como o Vinho do Porto e os de colheita tardia, como os Sauternes.

QUEIJO DIFÍCIL – Existe um queijo que pode “desarmonizar” uma degustação. Trata-se do Provolone. Por ser defumado e por ter um gosto muito particular, depois que você comer um pedaço desse queijo o seu sabor pode persistir na boca “atrapalhando” a degustação dos queijos em seguida e do vinho. Particularmente, não aconselho usar o Provolone junto com outros queijos. Mas se você é fã do Provolone, ele cai bem com brancos feitos com a uva Chardonnay com passagem por madeira ou tintos também maturados em barricas como os feitos com a uva Cabernet Sauvignon, Merlot ou Cabernet Franc.

VINHO VERSÁTIL – Existe um tipo de vinho que pode harmonizar com toda uma tábua de queijos: o espumante. Por ter acidez suficiente, o espumante se torna um coringa nas combinações. Escolha os espumantes do tipo brut (seco) branco ou rosé e sirva bem resfriado.

O QUE SERVIR? – Para uma tábua de queijos, a sugestão é escolher um queijo de cabra fresco, um queijo de massa mole (como um Brie ou Camembert), um semiduro (como um Gruyère), um queijo duro (como um Parmesão ou Prima Donna) e um queijo azul. Para acompanhar, escolha torradas, frutas secas, frutas frescas, castanhas e nozes. Se quiser, ainda cabe mel e geleia.

Em relação aos vinhos, se não quiser variar tantos rótulos, siga a dica do espumante ou escolha um branco feito com a uva Chardonnay, um tinto leve como um Pinot Noir e um tinto encorpado como um Cabernet Sauvignon. Daí cada um escolhe o que prefere beber.

2 Comments

  • Marco Antônio

    Matérias muito, mas muito interessantes. Uma delícia de ler enquanto degusto um vinho com algum acompanhamentoq…logicamente. Vou recomendar para os amigos de bom gosto amantes de vinho
    Parabéns e obrigado

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