O Renascimento e o Vinho.

Na última semana, tive um papo muito interessante com a professora de História da Arte, Bruna Sahão, sobre o período do Renascimento, do quão ele influenciou no mundo dos vinhos.

No geral, foi um período de expansão territorial e evolução em termos técnicos muito importante (o conteúdo completo ficou salvo no IGTV dela), mas o que mais me chamou atenção foi o fato de que durante esse período, acreditava-se que tudo o que se consumiam era composto de quatro propriedades: quente, frio, úmido e seco.

Alcançar o equilíbrio certo entre essas propriedades era essencial para alcançar uma boa saúde.

Daí, surgiu a ideia de escolher o vinho certo para complementar uma refeição. Era preciso encontrar o equilíbrio entre essas quatro coisas em seu corpo, o que tornava a seleção do vinho certo um aspecto crucial da refeição. Embora o pensamento tenha avançado maciçamente desde então, e agora combinamos vinho e comida com base no sabor, na textura e tantos outros fatores, é importante notar que o Renascimento, além de tornar o vinho mais acessível, também deu origem à ideia de que certos tipos de vinho combinam com certos tipos de comida, sendo o marco das primeiras experiências de harmonização que até hoje são tão importantes aos vinhos.

Sobre tornar acessíveis os vinhos, não falo apenas em expansão territorial, mas também em leis específicas (do ano 1330 na Itália e 1350 na França) autorizando a população em geral a consumi-lo, já que até então era destinado apenas aos nobres.

Quem perdeu pode assistir AQUI!

Obra: Última Ceia – Domenico Ghirlandaio

 

Até a próxima taça.
Keli Bergamo

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