Por: Fabiana Gonçalves | @escrivinhos
Geralmente quem gosta de tomar vinho sempre tem uma preferência maior por um dos estilos da bebida. Alguns gostam mais de tintos, outros de brancos. Tem também aqueles que adoram os rosés e outros os espumantes. Porém, os vinhos mais consumidos no mundo são os tintos e os brancos. Mas quais as semelhanças e diferenças entre esses dois estilos?
Para começar, ambos são feitos de uvas. Mas os brancos são elaborados com uvas brancas, como Chardonnay, Sauvignon Blanc, Pinot Grigio, Riesling, entre muitas outras, e os tintos, por sua vez, são produzidos com uvas tintas, como Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir e Malbec, por exemplo.
Quem dá a cor ao vinho são as cascas das uvas. As polpas são sempre brancas. Portanto, é o contato das cascas das uvas tintas com o suco que é extraído de suas polpas que dá a coloração ao vinho tinto.
São poucos, mas existem vinhos brancos feito com uvas tintas. O que ocorre nesse caso é que o contato das cascas com o suco das uvas é muito rápido, não deixando a cor das cascas ser extraída.
E na taça, quais as diferenças?
A coloração dos brancos pode ir de um amarelo pálido a um dourado intenso. Já os tintos podem ir de um rubi claro a um púrpura escuro. Ambos, quando estão oxidados, tendem a ficar alaranjados.
Os aromas dos vinhos brancos podem ir do floral a frutas cítricas, frutas tropicais frescas, frutas secas, especiarias, vegetais e minerais. Já os tintos também podem exibir notas florais, porém as frutas são diferentes. Podem surgir frutas vermelhas e frutas negras. Ainda podemos sentir nos tintos notas animais (como couro), tostadas, de frutas secas, especiarias e minerais, entre várias outras.
Na boca, os brancos tendem a ser mais leves e ter mais acidez. E o que dá a “vivacidade” ao vinho branco é justamente essa acidez. O sabor tende a ser correspondente ao que sentimos no aroma. Os brancos podem ir dos mais leves aos mais encorpados. A maior parte dos vinhos brancos não passa por barrias de carvalho. Os que passam, podem ganhar aromas e sabores de baunilha e notas tostadas. O álcool nos vinhos brancos tende a ser mais baixo do que o dos vinhos tintos.
Já a análise gustativa dos tintos envolve mais elementos. Podemos perceber também a acidez, o álcool e ainda os taninos. Taninos são substâncias presentes nas cascas das uvas que dão na boca a sensação de adstringência (secura). Esses três elementos precisam estar em equilíbrio para que o vinho seja considerado “redondo”.
Assim como nos brancos, o sabor dos tintos tende a ser parecido ao que sentimos quando cheiramos o vinho. Os vinhos tintos também podem ir dos mais leves aos mais encorpados. Porém o corpo dos vinhos tintos tende a ser mais acentuado do que nos vinhos brancos. Quando passam por barricas de carvalho, os tintos podem ganhar aromas, de chocolate, especiarias, tostado e baunilha, por exemplo.
E para harmonizar?
Os vinhos brancos são mais refrescantes. Geralmente podem ser tomados como aperitivos ou acompanhando petiscos e pratos mais leves, como pescados, frutos do mar, saladas, massas com molhos leves, carnes brancas e alguns queijos.
Já os tintos tendem a “aquecer” o paladar. Os mais leves podem ir com petiscos diversos, carnes brancas, pizzas e massas com molhos leves. Os mais encorpados pedem carnes vermelhas, molhos escuros, cogumelos e queijos maturados, entre outros pratos.
E você, prefere os brancos, os tintos ou ambos?